sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

[RESENHA] Recordando Anne Frank de Miep Gies e Alison Leslie Gold



Editora: Gutenberg
Páginas: 250
Publicação: 2017

Anne Frank é, talvez, o maior nome da Segunda Guerra Mundial, depois de Hitler. Uma pequena garota judia, que não tinha grandes ambições e sonhava em ser escritora acabou por revlucionar o mundo inteiro ao escrever o seu dia a dia e o de sua famíla num diário vermelho, de capa xadrez. O Diário de Anne Frank é um dos livros mais lidos e vendidos no mundo todo. A força da narrativa essa garota revolucionou a forma como todos viam a grande guerra e a visao política da Alemanha nazista.

Para quem não leu o livro ainda, darei uma breve resumida na história: a família Frank temeu por ser morta pelos alemães nazistas quando Hitler engrossou as medidas antisemitas de sua política. Como resultado, vários judeus eram mandados para campos de trabalho forçado, de onde a maioria saía morta. Otto Frank, pai de Anne, era dono de uma fábrica que empregava Miep Gies. Ao saber o que estava acontecendo e querendo ajudar a família, Miep teve a ideia de mantê-los em um esconderijo em um escritório da empresa, onde ela e o marido trabalhavam. Foi quando toda a família, juntamente com alguns outros judeus, ficaram confinados por quase dois anos num anexo secreto, tendo como única forma de comunicação pelo mundo externo, bem como fonte de alimentação e de necessidades também, Miep e seu esposo. Porém, através de uma denúncia anônima, que até hoje não se sabe de quem partiu, soldados nazistas descobriram o esconderijo e levaram todos para campos de concentração, tendo Anne morrendo em um deles inclusive. Otto, seu pai, sobreviveu aos trabalhos forçados e, posteriormente, tentou retomar a sua vida sem a sua família.

Claro que a história é bem mais complexa que isso, esse foi apenas um resumo muito enxuto de tudo. Como o diário foi escrito por Anne em si, ele termina abruptamente, quando ela foi capturada pela polícia. Após isso, ela ainda viveu por mais 7 meses, até seu falecimento cuja causa é desconhecida. Miep foi o grande anjo da guarda de toda essa família. Aqui temos todo o ponto de vista dela da história, todas as suas memórias e, sobretudo, tudo o que acontecia do lado de fora do anexo enqaunto Anne escrevia o seu diário. Foi a própria Miep que achou o diário e guardou-o, junto com suas páginas perdidas, logo após a entrada no esconderijo.

É interessante poder analisar a história por esse ponto de vista. Além de trazer informações novas, Recordando Anne Frank também traz dados que não são citados no diário, como a forma como era a vida dos Frank antes da guerra, a movimentação política que rondava o local, como Otto reagiu ao saber da morte das filhas e como ele levou a vida após toda a tragédia, bem como a vida na Alemanha com o fim da guerra.

Por mais que a primeira frase do livro seja Miep pedindo para que não seja tratada como uma super-heroína, é impossível não vê-la como tal. Uma mulher que resolve encarar um governo tirânico e sádico como o de Hitler deve, no mínimo, ser nomeada dessa forma. Que o mundo tenha cada vez mais "Miepes", que a sua força e coragem inspire a todos os novos jovens e que nós, com toda a sabedoria, aprendamos com os erros passados e não guiemos a humanidade para cometer novamente tamanha atrocidade.

Recomendo a leitura a tod@s que gostam de livros sobre Segunda Guerra e que gostaram de O Diário de Anne Frank e queiram saber mais sobre o que aconteceu depois ou sob outro ponto de vista.
                                                                     

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Um comentário:

  1. Leitura essencial para quem deseja ver um ponto de vista diferente, levando em consideração que poderia ser qualquer pessoa no lugar da Miep. Qualquer um de nós que, claro, tenha amor à vida e altruísmo o suficiente para ir contra todo aquele sistema nazista.

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