terça-feira, 16 de outubro de 2018

[RESENHA] Gritos no silêncio, de Angela Marsons


Editora: Gutenberg
Páginas: 320
Publicação: 2018
       
Gritos no silêncio é o livro em que a autora Angela Marsons nos apresenta a detetive Kim Stone - finalmente eu leio um livro que inicia a vida detetivesca de um personagem, eu só estava lendo, sem saber, continuações. Neste livro, vamos acompanhar o mistério que envolve o incêndio que houve há alguns anos numa casa de apoio a crianças e adolescentes. Nesta mesma época, cinco pessoas realizam um pacto de sangue para manter em segredo um crime enterrado nos jardins do local. Porém, como uma sombra insistente, o passado retorna e começa a caçar as pessoas envolvidas naquela trama.

Eu e minha mania de não ler muito sinopse e me deixar levar pelo nome e capa de livro, me fez imaginar que Gritos no silêncio se tratava de uma leitura de terror. Um estilo bem sobrenatural. Afinal, olhando a capa a gente - eu, pelo menos - chega a imaginar uma mulher que, sem medo, está pronta para enfrentar o que está assombrando aquela casa destruída. De certo modo, a detetive Kim Stone é essa mulher forte e determinada a enfrentar tudo e todos por questão de justiça, mesmo que tenha de passar por cima de algumas ordens bem diretas de seus superiores.

Enquanto realizava a leitura, eu estava direcionando minhas suspeitas a um personagem, tentando fazer uma ligação entre o nome do livro e uma situação em que ele vive. Fico pensando o quão foda seria se a autora tivesse optado por esse personagem como o principal culpado dos crimes atuais. Marsons apresenta uma questão psicológica que me fez pensar que seria bem melhor aproveitada num livro futuro. É claro que essas impressões que eu estou falando aqui não são críticas à história apresentada e, sim, um espírito editorial que se apossou de mim e me fez imaginar que outras direções fariam o livro se tornar mais dinâmico em alguns momentos e com ganchos para outras histórias mais profundas.

Agora, uma crítica que eu preciso fazer é em relação à revisão. Em vários momentos espaçados do livro, percebi ausência de palavras, erros gramaticais e sobra de palavras e letras. Isso me incomodou um pouco, embora não tenha interferido diretamente na experiência de leitura.

A narrativa de Marsons é bem tranquila de ler. Eu só não li o livro mais rapidamente por conta de tantos outros textos da faculdade - faço Letras Português, na UFES. O gênero literário é reconhecido facilmente, tanto pelas estruturas narrativas quanto pelo uso do léxico tão comum em literatura policial. Quem curte o gênero, vai gostar bastante.
                                                            

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