terça-feira, 9 de outubro de 2018

[RESENHA] Dentes de Dragão de Michael Crichton


Editora: Arqueiro
Páginas: 304
Publicação: 2018

William Johnson é um estudade da renomada universidade de Yale. Ao fazer uma aposta com seu amigo, ele resolve entrar numa expedição rumo ao velho Oeste americano, em busca de fósseis raros de dinossauros que ainda não foram descobertos. Estamos em 1876, período em que a tecnologia ainda não era tão avançada como os dias atuais e onde máquina fotográfica era um enorme luxo, para poucos. Johnson sabia como usar uma, era um excelente fotógrafo, e foi essa habilidade que fez com que o mesmo fosse escolhido pelo Professor Othniel Marsh, temido tirano acadêmico muito famoso por seus trabalhos na área de Paleontologia.

Porém, Marsh tem uma rixa de longa data com Edwin Cope, seu colega de graduação e de área de pesquisa. Ambos vem por décadas trocando farpas e tentando sabotar o trabalho um do outro, para conseguir em primeira mão uma descoberta da Ciência. Ao embarcar nessa jornada científica, William não desconfiará de tudopelo qual passará nas próximas semanas. De ser abandonado em uma cidade desconhecida a fugir de índios caçadores de homens brancos no meio do deserto americano, ele viverá uma grande aventura ao mesmo tempo que evolui e amadurece como estudante e como ser humano.

Dentes de Dragão é um livro único escrito pelo famoso autor de Jurassic Park, Michael Crichton. Nesse livro, a temática da ficção científica é tratada de uma forma mais branda e próxima da realidade, abordando o meio acadêmico e as jornadas dos cientistas e pesquisadores na busca pela verdade.

Eu adorei esse livro, do começo ao fim. Por ser Cientista assim como a maioria dos personagens, consegui me relacionar com ele de uma forma muito agradável e não desgrudei da leitura em nenhum momento.Crichton soube como abordar o meio acadêmico de uma forma bem realista e natural e, ao mesmo tempo, fazer com que o leitor ficasse grudado o tempo todo na história, do começo ao fim. 

Marsh e Cope são personagens que de fato existiram na vida real. Ambos eram paleontólogos e brigavam absurdos por décadas, tentando conseguir o primeiro furo acadêmico e publicar suas descobertas primeiro. O autor ganhou muitos pontos comigo quando retratou tudo isso, uma vez que eu sempre gostei de ler sobre o meio universitário de antigamente. 

Recomendo a todos que gostam do autor e, sobretudo para quem quer começar a lê-lo ou começar a ler ficção científica por um livro mais leve nesse sentido. É uma história de aventura no velho oeste divertida e ávida que te prenderá da primeira à última página.


                                                                     

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