quarta-feira, 19 de novembro de 2014

[RESENHA] Ligeiramente Casados (Os Bedwyns #1) de Mary Balogh



Editora: Arqueiro 
Páginas: 288
Publicação: 2014
             
O último pedido de vida do capitão Percil Morris foi para o Coronel Aidan Bedwyn. Após Percil ter salvo Aidan de um ataque na guerra ele aceitou, sem reservas, prometer cuidar da sua irmã no que ela precisasse. Porém, ele nunca pensou que uma promessa poderia mudar tanto sua vida.
                
Aidan parte então para o Solar Ringwood, onde reside a irmã do seu ex-companheiro de guerrilha, Eve Morris. Ao dar a notícia e se colocar para ajudá-la, ele descobre que a irmã de seu amigo está prestes a perder a herança e deixar todos que dependem dela correndo o risco de não poder seguir suas vidas dignamente. No entanto, há uma condição no testamento: ela só poderia ter direito à herança se casasse.
                
Foi então que Aidan, com sua promessa, propõe à moça um casamento de conveniência. Sem escapatória, ela concorda. O irmão de Aidan, o duque Bewcastle, descobre tudo e não deixará esse casamento ser apenas uma troca de favor. Eve terá que se enquadrar entre os Bedwyns e irá conhecer um mundo nunca visto. O que era um casamento de conveniência se tornará um relacionamento que poderá transformar a vida de ambos e de todos ao redor.
                
Ligeiramente Casados” é o primeiro livro da série “Os Bedwyns” composta por 6 livros. Cada um contará a história de um irmão da família Bedwyn. Essa família tem um diferencial, pois cada um tem uma personalidade. Quando eles se apaixonam é de forma intensa e para sempre. O segundo livro é do Ralf, que não aparece muito nesse primeiro livro. Então será uma surpresa para cada leitor conhecê-lo mais.
                
Eu sempre tive um receio para o gênero “romance de época”, por dois fatores: a linguagem rebuscada e o excesso de conteúdo histórico (parecendo um livro didático). Esse é o segundo livro do gênero que leio e as barreiras desse pequeno preconceito tem caído e mostrado-me que isso não é o extremo. Tive dificuldade no começo para ler, mas foi a falta de costume.
                
Eve é uma dama bondosa e cheia de esperança. É a típica moça apaixonada e caridosa com todos ao seu redor. Ela dispõe tudo de si ao ver alguém passando necessidade. No entanto, Eve também sabe se posicionar e não levar desaforos para casa. Decidida e com uma personagem forte ela não mede palavras para com ninguém. O Coronel Aidan é frio e com um humor afiado. Sua dificuldade de expressar seus sentimentos é imensa, porém, é um homem de palavra e irá cumprir o último pedido daquele que salvou sua vida um dia.
                
Toda vez que leio um romance observo o crescimento do relacionamento dos personagens. Não gosto de ver o “amor à primeira vista” ou o “amor instantâneo” nos livros, pois é algo enfadonho e sem sal. Mas, nesse livro vi que há um crescimento no relacionamento entre Eve e Aidan. A primeira vista os santos deles não se batem, mas há uma fagulha por detrás de cada provocação, resposta afiada e até mesmo no decorrer do casamento por conveniência.

"Ela era como uma promessa de primavera desabrochando no solo árido do inverno da vida dele." Pág. 185

O começo da obra foi um pouco cansativo não somente pela linguagem, mas também por tentar se acostumar com o mundo criado pela autora e o excesso dos nomes de personagens diferentes. Entretanto, quando a leitura foi ganhando força fui me acostumando e não parando mais. Torna-se algo viciante e instigante para saber o que acontecerá com os personagens e com determinada situação.
                
A escrita de Mary é bem gostosa e fácil de ler. Ela não pecou no excesso do contexto histórico, pois a história se passa em 1814. Alguns personagens secundários ganham destaque, como por exemplo, alguns irmãos Bedwyn. Outros irmãos que serão protagonistas de algum livro posterior a esse não aparecem tanto, como aconteceu com Ralf.
                
Se você é fã do gênero tem grandes chances de se apaixonar pela escrita da autora e ficará ansioso, assim como eu, pelo próximo. A química dos personagens é nítida e, com momentos envolventes, torna-se uma leitura viciante de se ler.
                                                                     

Onde comprar?

3 comentários:

  1. Oii Luke :}
    Olha, eu sempre fui bem mais que apaixonada por romances de época, mas é verdade, a linguagem as vezes atrapalhava um pouco, hoje já me acostumei.. Quanto ao conteúdo histórico, bem, nem todos os livros de época são excessivos nesse assunto, mas também não é um fator que me incomoda!
    Só eu que achei essa história um tanto clichê? (Só pra constar, eu amo clichês) Casamentos desse tipo são coisas que vivo lendo em romances de época, mas claro que mesmo assim eu estou doida pra iniciar essa leitura. Já to torcendo muito pra essa casal, e olha, confesso que algumas renhas me deixara babando pelo Aidan , rs ;)
    Beijoos :*

    ResponderExcluir
  2. Olá Vitória!

    Ele é um pouco clichê, mas sabe aquele clichê bem escrito? Então, ele é um deles. Esse casamento me lembrou aquele "Agora e Sempre" da Judith.

    Abraço5

    ResponderExcluir
  3. Oi Luke, não achei o início cansativo ou me atrapalhei com os nomes dos personagens. Foi um romance que me conquistou logo de cara. Não vejo a hora de ler os volumes seguintes.
    Bjs, Rose.

    ResponderExcluir