quarta-feira, 15 de maio de 2013

[RESENHA] Filha da Floresta (Sevenwaters #1) de Juliet Marilier

Editora: Butterfly
Páginas: 607
Publicação: 2012

Sorcha é a sétima filha de um sétimo filho, o que faz com que ela tenha poderes especiais. Seus seis irmãos, todos homens, a protegem e a tratam como uma princesa. Seu pai, Lorde Colum, é viúvo e resolve se casar novamente com a misteriosa e nada agradável Lady Anne. Desde então a sua vida e de seus irmãos começa a ruir. Lady é, na verdade, uma bruxa que lança um feitiço de encantamento em Colum para que o mesmo não escute mais seus filhos. Ao confrontá-la, Sorcha e seus irmãos acabam enfeitiçados: eles virarão cisnes que só voltarão à vida de humanos uma vez ao ano para visitar a sua irmã, e ela ficará muda tendo de tecer camisas com a fibra da Estrela d'água, planta espinhosa e de difícil manuseio. Conseguirá Sorcha livrar os irmãos dessa maldição? 

Filha da Floresta é um livro que trata de mitologia celta, com forte presença dos elementos da natureza, de seu misticismo e da força destes na vida das pessoas. Sorcha desde pequena é apaixonada por plantas, tendo inclusive um pequeno laboratório para investigar plantas com poderes curativos. Em virtude disso, ela acaba se tornando referência para todos da aldeia, no que tange a curas de doenças. Mesmo sentindo falta de sua mãe, tem em seus irmãos e em seu pai uma família equilibrada e que a cobre de muito afeto. A partir da entrada de Lady Anne em suas vidas, juntamente com a sua maldição lançada, Sorcha tem que viver sozinha na floresta de sua aldeia, na velha Irlanda, sem poder se comunicar com ninguém, até que consiga tirar o feitiço lançado. Para isso ela recorre à Dama da Floresta, entidade enigmática, que lhe promete ajuda, mas também punições severas caso suas condições não sejam cumpridas. 

A missão de Sorcha é difícil. Passar sete anos sozinha em uma floresta acaba sendo uma jornada de auto-conhecimento e amadurecimento muito forte, em todos os sentidos. É disso que esse livro fala: da passagem forçada que Sorcha tem de fazer, de menina para mulher, de ingênua para experiente e até mesmo sábia. Há grandes reviravoltas na história, tanto na vida de Sorcha quanto na de seus irmãos. Sem dar grandes spoilers, essa garota passará por fases de romance, arrependimento, culpa e em que ela precisará mostrar sua grandeza e sua força.

A leitura do livro é muito agradável. Mesmo sendo relativamente longo, a fluidez da narrativa faz com que as páginas praticamente virem sozinhas. A escrita da Juliet, considerada a nova Marion Zimmer Bradley, é poética, sempre com comparações a elementos lúdicos. Foi o primeiro livro de mitologia celta que eu li, nunca tinha tido contato anteriormente. Confesso que gostei muito, é um excelente livro, dinâmico, com bom desenvolvimento dos personagens e com belíssimas descrições dos cenários.

Vale destacar o trabalho da editora Butterfly com a edição desse livro: um belo projeto gráfico e a capa muito bonita, com textura. Recomendo a todos que queiram conhecer mais sobre mitologia celta e que gostam de livros que mostram evolução de personagens ao longo do texto.

2 comentários:

  1. Parabéns sua resenha ficou ótima. Só escuto elogios a esse livro e a cada dia fico mais curiosa com ele. Mais que anotada e aceita sua dica.
    Que vc continue tendo ótimas leituras!!!

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  2. É a primeira vez que vejo esse livro, e posso dizer que achei bem legal. Gosto de Mitologia de qualquer civilização, mas confesso que não conheço nada da celta. Acho legal também essa parada de amadurecimento das personagens. No geral, acho que o livro deve ser bem legal.

    @_Dom_Dom

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