[RESENHA] Sob águas escuras, de Robert Bryndza

Editora: Gutenberg

Páginas: 336

Publicação: 2018

Sob águas escuras, livro escrito pelo britânico Robert Bryndza, é o terceiro livro de uma série que traz como personagem principal a detetive Erika Foster. Os dois primeiros livros são: A garota no gelo e Uma sombra na escuridão, ambos publicados no Brasil pela editora Gutenberg. Sob águas escuras vai narrar a descoberta de restos mortais dentro de um lago artificial quando a detetive e sua equipe trabalhavam na procura de indícios de um caso envolvendo narcóticos. A descobertas desses restos mortais faz ressurgir um caso que fora bastante polêmico há mais de vinte anos.

A trama é dividida em capítulos curtos, o que dá uma boa dinâmica na leitura. A narrativa segue, em boa parte, o ponto de vista da detetive Erika. Portanto, vamos acompanhar não somente o lado profissional dela, assim como veremos como ela se envolve socialmente com as outras pessoas do seu convívio mais imediato.

O renascimento de um caso não solucionado traz à tona problemas em várias esferas para diversos personagens. Erika não deveria se envolver neste caso, afinal ela já tinha uma bomba bem grande em mãos ao combater o crime organizado. Mas ela insiste em tomar a frente dele. A primeira detetive que assumiu o caso, no passado, retorna em alguns momentos e, ao que tudo indica, quer fazer parte dessa retomada. Aí também temos a família da criança encontrada por Erika, que tem uma necessidade que beira ao absurdo pela resolução desse crime. Não se importando tanto assim com as consequências de certos atos. 

Por se tratar do terceiro livro de uma série, muita gente pode pensar em não lê-lo até que se tenha lido os dois primeiros. A experiência de leitura com certeza será melhor se a leitura dos livros anteriores for feita. Mas Sob águas escuras segue aquele estilo tão comum que encontramos na literatura policial: a não necessidade de ler os livros na ordem porque isso não vai interferir tanto na leitura. Enquanto lia o livro, percebi pequenas referências aos livros anteriores, inclusive uma que eu acredito que pode incomodar algumas pessoas por ser um grande spoiler. Tirando somente este fato - que envolve diretamente a vida da detetive -, a leitura transcorre tranquilamente.

É um livro cuja escrita e narrativa é de fácil leitura. Eu, pessoalmente, achei que alguns momentos foram rasos e que a solução do problema poderia ter sido melhor trabalhada porque é algo muito doido de se pensar. Ao meu ver, deixando bem claro aqui se tratar de opinião pessoal e especulativa, algo como mostrado no final desse livro não passaria tão batido assim numa linha investigativa da polícia. Eu recomendo a leitura do livro para quem curte ficção policial, mas com um tom mais despretensioso. Quero ler os outros dois primeiros livros para ver a evolução do Robert como escritor e complementar a leitura que fiz de Sob águas escuras. 

                                                    

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