quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

[RESENHA] Eu Sou a Lenda de Richard Matheson



Editora: Aleph
Páginas: 386
Publicação: 2015

Do mesmo autor: Amor Além da Vida - Richard Matheson

O mundo como conhecemos não existe mais. Robert Neville é o único ser humano vivo remanescente de uma praga que assolou o mundo e transformou toda a população em seres sombrios, que só a parecem à noite  e que possuem hábitos completamente estranhos. Há uma grande massa de seres sugadores de sangue, algo semelhante a vampiros, que explodem quando em contato com a luz do Sol.

É nesse cenário que Robert leva a sua vida, afim de descobrir uma cura para esse vírus e de deixar de ser o último homem da Terra. Ele construiu sozinho uma fortaleza, rodeada de proteção e autossustentável, com agricultura própria e recheada de livros técnicos que pega do que sobrou da biblioteca pública de sua cidade. É nesses livros que ele passa dias lendo sobre o corpo humano e sua fisiologia para conseguir a cura de todo esse mal.

Sua luta é contínua: todos os dias, enquanto está claro, ele parte em busca de comida e mantimentos e, ao anoitecer, corre para a sua casa, fugindo dos seres noturnos. É assim que sua rotina segue, com ele o tempo todo tentando se manter são em um mundo tão conturbado. Até que um dia ele, ao andar pela floresta próxima a sua casa, descobre algo que poderá mudar muita coisa.

Eu Sou a Lenda é um clássico da ficção científica e de terror mundial, servindo de inspiração para grandes autores omo Stephen King, que faz o prefácio dessa obra. O livro segue a jornada pessoal de um homem só que parte em busca ora da cura para o maior mal da humanidade, ora de manter sua sanidade em dia. Temáticas como a luta pela sobrevivência, a força de se manter vivo e as reflexões internas de ser humano são tratadas nessa obra.

Todo o livro é narrado em primeira pessoa, sob o ponto de vista de Robert. Isso faz com que o autor trabalhe bem o âmbito psicológico desse personagem, uma vez que seus pensamentos são borbulhantes por conta da situação em que se encontra. Esse é um ponto positivo na narrativa, que mostra o quão o autor construiu bem o personagem e seu âmago.

Porém, por não conter muitos personagens e com poucas possibilidades de desenvolvimentos de plots secundários, a história do livro se torna extremamente arrastada em diversos momentos. Por se basear, durante a maior parte do texto, apenas em Robert, o autor apela para longos parágrafos trazendo as reflexões do protagonista e isso faz a leitura monótona em alguns momentos. Alguns plots também poderiam ser reduzidos ou até mesmo retirados da história, como a cena em que Richard encontra um cachorro e começa a criá-lo. Diria até que a história poderia ser facilmente reduzida a um conto longo.

Recomendo a todos que gostem de livros de vampiros com uma pegada menos romance sobrenatural e mais introspectiva, de antemão avisando que não é uma leitura rápida ou ágil.

                                                                     

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2 comentários:

  1. Gosto bastante de livros sobrenaturais, ainda mais agora que to começando a ler livros do genero, pessoas comentam muito sobre esse livro e por isso tenho curiosidade em ler.

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  2. Oi Marcos, tudo bem?
    Então, eu assisti o filme e adorei, achei história incrível, sem falar na atuação do Will. Mas eu não sabia que tinha o livro (desatualizada? magina kkkk). Agora fiquei morrendo de curiosidade de ler, apesar de você falar que a história é arrastada e monótona, é um dos meus gêneros favoritos (sobrenatural), adoro ler tudo relacionado a isso. Então acho que me arriscaria nesse livro. Vou anotar aqui para ler depois. Beijos e ótima resenha ♥
    Lost Words

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