segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

[RESENHA] O Teste (O Teste #1) de Joelle Charbonneau



Editora: Única
Páginas: 318
Publicação: 2014

Malencia Vale, a Cia, é uma jovem que vive num país pós-guerra, na Colônia de Cinco Lagoas. Logo após um conflito que modificou todo o mundo, os países remanescentes se uniram e criaram a Comunidade das Nações Unificadas, espécie de ONU, que organiza as leis e a ordem no novo mundo. Foi a CNU que criou e que organiza até hoje O Teste, alvo do desejo constante de Cia. O Teste é, na verdade, uma avaliação sequencial em que jovens de diferentes lugares são colocados a prova para ver quem serão os próximos líderes que ajudarão na reconstrução do mundo pós-guerra.

Poucos sabem como é realmente a seleção. As poucas pessoas de Cinco Lagoas que foram escolhidas para O Teste, não mantem muito contato com os remanescentes e Cia, juntamente com seus amigos, vê nisso uma forma de crescer na vida e ajudar a sua família. Na noite de sua formatura, Cia, surpreendentemente, é selecionada para a grande prova. Porém, seu pai, que já participou de uma seleção anterior, fica apreensivo com a notícia e orienta a filha sobre o tortuoso caminho que terá pela frente.

Ao partir para sua jornada, Cia descobrirá que por trás do programa educacional de O Teste há uma máquina trituradora de sonhos dos jovens participantes e a seleção nada mais é que um torneio cruel que elimina o fracos e escolhe os fortes. Ciente disso, caberá a ela decidir se luta contra o governo opressor ou se continua em seu sonho de se tornar uma grande líder de seu povo.

O Teste é o primeiro livro da trilogia homônima que já tem seus três volumes lançados no Brasil. É narrado em primeira pessoa pela protagonista, Cia. A autora foca nas descrições e nos parágrafos, reduzindo muito os diálogos, o que torna a leitura lenta. A narrativa sob a visão da protagonista traz a tona seus sentimentos, mas exclui o ponto de vista de outros personagens essenciais à trama original. Quase não se tem desenvolvimento de coadjuvantes na história.

Logo quando comecei a leitura, abandonei o livro no final do primeiro capítulo, pois não conseguia me conectar à história. Quando retomei, comecei a sentir que o livro apresentava forte similaridade com outras distopias jovens atuais, principalmente com Jogos Vorazes. Além de termos, em ambos os livros, uma protagonista vinda de um local pobre, num mundo pós-apocalíptico que sofreu divisão territorial por função, as similaridades são muitas. Em um determinado momento da história, Cia entra em um local controlado exteriormente, similar a uma floresta, em que terá que sobreviver e fugir de seus colegas, que também estão participando dO Teste. Isso me lembrou muito a arena onde Katniss vive a mesma coisa. Além disso, todo o processo de escolha nas colônias foi muito similar à colheita de Panem.

No mais, achei O Teste mais um livro de distopia atual. Não senti um diferencial ou um novo elemento para o gênero. A narrativa é ágil, cheia de ação e deixa ganchos para as continuações. Não sei se continuarei com a trilogia ou não, pois o final não me prendeu tanto.

Recomendo a todos que gostam do gênero distópico para jovens e que queiram uma leitura para passar o tempo.
                                                                     

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3 comentários:

  1. Nunca li essa trilogia distópica, mas ando bem curiosa.
    Ainda mais tendo gostado da Cia, por ela ser inteligente e que pensa mais com a lógica.
    Soube que outros livros é a aproximação de uma provável guerra.
    Essa maquina trituradora de sonhos me deu um tanto de medo, por ser cruel com outros.
    Uma pena ter abandonado no final dos capítulos. Eu não curto Jogos Vorazes, então fiquei na dúvida, se vou ou não gostar.
    E foi uma pena também, não ter te prendido tanto e não ser muito diversificado.
    Abraços Marcos,
    ThayQ.

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  2. Uma pena que não gostou tanto assim, pelo menos você conseguiu ler depois de largá-lo de lado.
    Bjs, Rose.

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  3. Oi Marcos ..
    Eu adoro uma distopia e já faz algum tempo que eu quero ler essa trilogia, mas foi exatamente o fato do livro ter poucos diálogos que acabei adiando a leitura, como você disse, acaba ficando bem cansativo.
    Assim que li a primeira resenha sobre o livro eu senti uma forte semelhança a com Jogos Vorazes, foi um dos motivos de querer me aventurar nessa leitura..
    A Cia me parece um protagonista forte, e acho que ela vai me conquistar!
    Beijos

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