quarta-feira, 9 de abril de 2014

[RESENHA] Tudo que Você e Eu Poderíamos Ter Sido Se Não Fôssemos Você e Eu de Albert Espinosa

Editora: Verus
Páginas: 152
Publicação: 2014


Marcos é um jovem rapaz que acaba de perder a mãe, professora de dança com fama internacional. Ao saber de sua morte, resolve dar uma guinada na sua vida e tomar uma injeção que promete fazer a pessoa ficar sem dormir pelo resto da vida. No momento em que está para se auto-aplicar a dose, acaba recebendo uma ligação da polícia solicitando sua ajuda na investigação acerca de um extraterrestre que acabou de pisar na Terra. Marcos tem um dom especial: consegue, só de olhar para a pessoa, ver a sua memória mais divertida e a mais triste. 

Ao conhecer o alienígena, Marcos não consegue usar sua especialidade, sendo surpreendido: o próprio E.T., que tem formas humanas e se camuflaria facilmente entre as pessoas, é quem consegue ler a mente dele. Nela, ele descreve o que o protagonista vem sentido com a morte da mãe e sobre uma misteriosa garota pela qual Marcos está apaixonado, sendo que apenas a viu da varanda de seu quarto, sem saber seu nome nem quem ela é. A partir daí, ambos entrarão numa jornada de investigação envolvendo uma mudança de visão e de conceitos de vida por parte de todos os personagens.

Tudo que Você e Eu Poderíamos Ter Sido Se Não Fôssemos Você e Eu é o primeiro romance do escritor espanhol Albert Espinosa. Anteriormente à este, Espinosa só tinha escrito livros de memórias e autobiográficos, nenhum de ficção.  A narrativa desse livro é bastante peculiar. Como é narrado em primeira pessoa, sob a visão de Marcos, ora temos a cena que está acontecendo sendo descrita, ora temos uma mudança em seu pensamento e somos levados a seguir seus devaneios que, nem sempre apresentam conexão com o atual.

A mãe de Marcos é, talvez, um dos personagens mais influentes na narrativa, sendo a principal responsável por moldar a visão de mundo do filho. Foi com ela que ele descobriu muitos dos conceitos que traz consigo até hoje e usa seus conselhos para qualquer dúvida ou situação do dia a dia. Ao longo do livro, vemos parágrafos em que o protagonista divaga em seu passado, em alguma passagem com a mãe, para explicar seu pensamento atual.

Este é um dos livros mais esquisitos que eu já li na minha vida. O enredo parece sem pé nem cabeça, não segue um ritmo contínuo e muda de foco constantemente. Fora que a história em si soa um tanto absurda. Claro que todas as alegorias usadas pelo autor são metáforas: as pessoas que não dormem, por exemplo, fazem uma crítica às pessoas que se matam de trabalhar e não aproveitam a vida como deveriam, ou o extraterrestre que é usado para representar como a sociedade atual trata o diferente, aqueles que não são tidos como "normais". Mas ainda assim tudo soa como uma miscelânea de acontecimentos sem pé nem cabeça. A crítica não ficou clara, no caso.

O final é de certa forma previsível e chocante ao mesmo tempo. Esperava o que Marcos descobriria sobre si mesmo ao final da jornada, mas soava tão absurdo que acabei não cogitando como uma possibilidade de finalizar o livro. Apesar de fino, o livro passa longe de ser uma leitura leve ou rasa e exige uma série de paradas para o entendimento do leitor sobre o que está acontecendo naquele momento.

Recomendo a quem quiser sair das leituras do senso comum e buscar um livro que exija um pouco mais de concentração para ser lido.

17 comentários:

  1. Oi Marcos :)
    Já tinha visto o título desse livro - que achei um tanto interessante -, mas lendo agora sobre do que ele se trata, tive a certeza de que nem vou cogitar lê-lo. Tenho certeza de que não vou gostar pois ainda prefiro os livros que tem uma leitura fluida e pelo que você disse, esse parece ser realmente confuso.
    Enfim, a história não me convenceu!
    Beijos.

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    1. Oi Bruna!

      Esse livro é bastante confuso mesmo. Como vc, fiquei interessado pelo título, mas a leitura me decepcionou bastante =/

      Bjosss

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  2. Já tinha visto a capa do livro e o título, que por sinal gostei bastante. Mas não sabia do que se tratada, a trama é bizarra. kk Sei lá, é muito estranho e confuso né? Não sei, acho que não leria. Acho que um livro assim acabaria abandonando. :x rs

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    1. Oi Kamilla!

      Exato, bizarro é a palavra que define esse livro kkkkk Extremamente confuso. Só não abandonei por pouco...

      Bjossss

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  3. Olá Marcos, apesar de ter gostado da capa, confesso que sua historia não me agradou muito, pois tenho medo de iniciar a leitura e não compreender a historia!!

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    1. Oi Michelli!

      É uma história bem complexa mesmo, tive que reler vários pontos para compreender a leitura...

      Bjosss

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  4. kkkkkkkkkkkk adorei o titulo!!
    oi? pra que uma pessoa tomaria algo para nunca mais dormir?! a mae dele morre dormindo? O.o
    amei a premissa sobre o alienigena conseguir ver o interior do garoto :O
    puts, o livro e muito ruim? ops entao ja nao e pra mim... gosto de livros q me façam relaxar e eu n precise ficar meia hora lendo a mesma frase para tentar entender o texto :P

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    1. Oi Jack!

      Não, a mãe dele morre... nem lembro como rs

      É, esse é o tipo de livro em que vc tem que reler várias vezes para poder entendê-lo.

      Bjosss

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    2. Oi Jack!

      Não, a mãe dele morre... nem lembro como rs

      É, esse é o tipo de livro em que vc tem que reler várias vezes para poder entendê-lo.

      Bjosss

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  5. leituras rebuscadas não é o que eu to lendo esses tempos mas quem sabe nas férias

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  6. Oi, Marcos
    Achei esse título muito engraçado. Parece que o livro é meio confuso. Não me interessou.

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  7. Oi Monica!

    É um livro bem confuso mesmo.

    Bjosss

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  8. Engraçado que, quando vi a capa desse livro, achei que, pelo título, o livro seria um tanto complicado. Porém, achei o desenho da capa, leve. No final das contas, foi tudo estranho. hahahahahahaha
    Não me interessei... já tenho muito livro parado, acumular não é legal. :(

    Ótima resenha!
    Beijo, Marcos.

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  9. Eu adorei o título do livro, me fez rir.
    Mas lendo sua resenha eu não sei se gostaria de ler o livro, parece estranho, diria.

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